A incontinência urinária é definida pela International Continence Society (ICS) como qualquer perda involuntária de urina, acomete cerca de 27% a 33% das mulheres no período pós-parto.

A incontinência urinária apresenta-se por diferentes tipos, como a Incontinência urinária de esforço(IUE), definida como a queixa de perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse; a Urge-incontinência (UI) decorrente de hiperatividade do músculo da bexiga, chamado de detrusor, que caracteriza-se por perda involuntária associada a forte desejo miccional. Muitas vezes, podemos encontrar a associação dos dois tipos de queixa, caracterizando a incontinência urinária mista (IUM).
No período pós-parto a Incontinência urinária de esforço é a mais frequente, seguida pela incontinência urinária mista e a urge-incontinência. Em geral, a perda urinária é pouco frequente e em pequena quantidade.
A IUE tem como principais fatores de risco a gravidez e o parto, principalmente durante os anos de vida reprodutiva da mulher. Especialmente o parto vaginal, em virtude dos danos que pode provocar à integridade da musculatura e inervação do assoalho pélvico. Essa musculatura e inervação representam importante fator na manutenção da continência urinária. Procura-se associar também as alterações fisiológicas da gravidez, como modificação das relações anatômicas entre bexiga e útero, diminuição da força da fáscia que ancora o colo vesical, e também os níveis elevados de progesterona e a instabilidade vesical como argumentos que podem justificar a não proteção atribuída ao parto cesárea.
É sabido que a gestação e o trabalho de parto por si só podem provocar alterações na estática do assoalho pélvico, independentemente do tipo de parto, o que é visto como um dos principais fatores causadores da IUE. Porém há associações significativas entre a ocorrência de partos normais com a presença de incontinência urinária no pós-parto.
A presença da IU no pós-parto apresenta grande impacto nas emoções, limitações de atividades diárias e limitações físicas. Estudos recentes também demonstraram que puérperas incontinentes apresentavam diminuição nos aspectos da saúde física e mental, mais proporção à dor, diminuição no estado geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais, revelando maior comprometimento da qualidade de vida dessas mulheres, sobretudo daquelas com IUM.
O tratamento da IU pode ser cirúrgico ou conservador, visto que o tratamento cirúrgico tem custo mais elevado e por ser mais invasivo poderá acarretar complicações além de ser contraindicado para algumas pacientes.
O tratamento conservador, sendo a fisioterapia o método considerado padrão ouro de tratamento apresenta altas taxas de melhora e apresenta um custo bem inferior.
A atuação do fisioterapeuta na reeducação do assoalho pélvico tem como finalidade melhorar a força de contração das fibras musculares, promover a reeducação abdominal e um rearranjo estático lombo-pélvico através de exercícios, aparelhos e técnicas. Assim, estes poderão ajudar a fortalecer os músculos necessários para manter a continência urinária.
Um programa de fisioterapia deve ser prescrito após avaliação minuciosa e de forma individualizada.
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